Levantamento aponta um elevado número de evasões na UEPB e UFCG nos ultimos oito anos
A evasão nas
universidades Estadual da Paraíba (UEPB) e Federal de Campina Grande (UFCG) tem
sido um desafio para as instituições manterem todos os alunos matriculados no
início do ano letivo durante todo o ano.
Após um levantamento feito pelas
Pró-Reitorias de Ensino, foi constatado que nos últimos oito anos, juntas, a
UEPB e a UFCG perderam por ano, em média, mais de três mil alunos, sendo a
primeira com a desistência de 1.400 alunos e a segunda dois mil.
De acordo com o
pró-reitor de Graduação da UEPB, professor Eli Brandão, esse tem sido o cenário
registrado nos últimos anos, mas que pode começar a ser mudado a partir de
2013. Segundo ele, explicando que os dados do ano letivo de 2013 ainda não
foram fechados, mas o primeiro semestre apresentou uma pequena redução no
número das desistências. “Identificamos que a evasão foi de 1.050 alunos no
semestre 2013.1, que é o período onde acontecem mais as desistências. Se
compararmos com o mesmo período de 2012, em que tivemos o abandono de 1.173
alunos, é um número ainda pequeno, mas que lá na frente pode fazer a
diferença”, apontou.
Eli Brandão
explicou que na UEPB o percentual de abandono é maior nos cursos de
Licenciatura. Segundo ele, muitos alunos não desejam de fato o curso escolhido,
mas que pela baixa concorrência acabaram arriscando na aprovação, permanecendo
por pouco tempo, até que consiga outra vaga em outro curso, inclusive em
instituições particulares. “Nós verificamos que a evasão é maior nos cursos
noturnos da Licenciatura, talvez porque os estudantes percebam a desvalorização
nacional que há na profissão de professor, porque faltam concursos, melhores
condições de trabalho e bons salários”, acrescentou o professor Eli Brandão.
Já Luciano
Barosi, pró-reitor de Ensino da UFCG, apontou que o índice de evasão é
considerado grande nos últimos oito anos também pelo calendário de matrícula
dos alunos nas instituições federais acontecer primeiro do que o período de
inscrição no Prouni oferecido pelo governo federal. Segundo explicou o docente,
muitos alunos acabam sendo aceitos pelo Prouni após estarem estudando nas
universidades públicas, e acabam abandonando o curso iniciado.
“A alternativa
que defendemos é a mudança no calendário das matrículas. Se o Prouni inscrever
primeiro, certamente menos alunos irão desistir do curso nas universidades
públicas”, destacou.
Fonte: Givaldo Cavalcanti/JP Online